Editorial

Este suplemento é tão-somente um ponto de encontro para os mais brilhantes especialistas em generalidades.
Há muito que se sente a falta de um espaço que veicule a informação que realmente interessa: notícias que assentam numa investigação cuidada, rigorosa, fundamentada e, francamente, parva.
Esta simbiose PRAÇAPÚBLICA/Peixedepedra que agora se inicia, vai ao encontro do abaixo-assinado rubricado por inúmeros leitores (dois, o meu primo Tó Mané e a minha avó Conceição que assinou de cruz porque teve doze filhos que teve de criar sozinha uma vez que o meu avô trabalhava nos carroceis e andava de terra em terra a fazer filhos às moças sem mandar dinheiro para casa - sacana) exigindo um órgão de comunicação social concelhio verdadeiramente livre, de grande qualidade e rigor jornalístico, e com total isenção dos grupos de pressão. Como toda a gente sabe que isso não é possível optámos por fazer esta espécie de romance de cordel em capítulos quinzenais.
O que era para ser uma simbiose depressa assumiu novas formas, apresentando-se agora mais como uma espécie de furúnculo despontando de modo insidioso no pé do incauto semanário e um furúnculo, por melhor maneiras que tenha à mesa, é algo desagradável que desejamos lancetar ou pelo menos arrancar à dentada.
Não querendo morrer em tão tenra idade e sabendo que a direcção do pé furunculoso - PRAÇA PÚBLICA - sempre se mostrou frontalmente contra esta iniciativa, o peixedepedra julga necessário fazer-lhes algumas promessas no sentido de, basicamente, suborná-los, comprometendo-se desde já não cumprir nenhuma:
1º Conseguir que os jogadores da Ovarense deixem de sair à noite em vésperas de jogos importantes;
2º Trazer o futebol profissional de volta a Ovar e àquilo que era: uma grande roubalheira;
3º Alcançar a meta de uma gigantesca estátua de pedra em cada rotunda do concelho;
4º Oferecer um prémio à primeira pessoa que consiga entrar de cadeira de rodas na Câmara Municipal de Ovar.

Sr. Peixe