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Semanário de verdades ficcionadas de ovar

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Secretário de Estado anuncia investimento - Incineração de Resíduos Perigosos em Ovar


Maria Pombinha

Parece estar à vista a solução para um dos problemas que há anos atormenta a população do Furadouro: como se livrarem dos resíduos perigosos que, semana após semana, se vão acumulando no parque sul do Furadouro?
Esta questão - que grande celeuma tem causado entre os defensores da utilidade daquele espaço e os que apenas se apercebem da perigosidade dos resíduos - tem agora um fim à vista com a construção de uma central incineradora na recém-criada Freguesia do Furadouro.
Segundo depoimento do Presidente da Junta de Freguesia do Furadouro, foram resolvidos assim dois grandes problemas: "de uma cajadada só resolvemos a questão dos resíduos perigosos e reabilitámos uma zona já há muito ao abandono (referindo-se às dunas primárias e secundárias e à zona interdunar)".
Os resíduos em questão, constituídos mormente por toalhetes, profilácticos com e sem sabor e fuidos corporais variados, são displicentemente atirados para o chão do parqueamento sul da praia em questão, sem o devido acondicionamento e tratamento industrial.
Encarnação Peixeira, Presidente da Comissão de Moradores, insurge-se contra o que diz ser "uma invasão de uma zona nobre da freguesia por uma corja de fornicadores".
Por outro lado, António Miudinho, representante dos frequentadores deste parqueamento e membro dos FA (Fornicadores Anónimos) entende que este tipo de actividades - a fornicação outdoors - deve ser, inclusive, apoiado pelo Estado, que "há muito se demitiu da sua função de apoio e ocupação de jovens carenciados e carentes".
O mesmo afirma ainda que actividades como estas são "melhores do que andar na droga ou, pior ainda, na Fundação do Carnaval".
Quanto à destruição indiscriminada de parte significativa do cordão dunar para possibilitar a construção da central incineradora, o entrevistado diz o seguinte: "Sempre achei que ao lado daquele mamarracho que lá está (fazendo referência ao Condomínio Sabão Barra Azul) só ficava bem uma fábrica ou algo igualmente deslocado"; "o que um gajo precisa é de mais emprego; isso do avanço do mar e que as dunas é que protegem é tanga, porque ele tanto avança como arrecua, além de que quanto mais esporões a gente tiver que fazer mais trabalho dá aos empreiteiros, que é gente boa que paga impostos".